Conhecida com referência mundial, a Gartner promove eventos e conferências que oportunizam a discussão de tendências, permitindo às empresas traçar estratégias. Detendo prestígio e respeitabilidade, nos seus mais de 50 anos de fundação, datada de 1979, suas previsões são verdadeiros indicativos do futuro da tecnologia, seus relatórios são aguardadas com muita expectativa (e ansiedade) pela área da computação.

Neste artigo abordarei algumas das principais tendências tecnológicas, previstas para 2025 em matéria de IA trazidas pela Gartner, esperando garantir ao leitor uma experiência de imersão em um futuro próximo, bem como esclarecer o tecnicismo que veste esta área.

A primeira tendência, que selecionei diz respeito as Plataformas de Governança de Inteligência Artificial. A governança em IA, envolve a implementação de medidas de transparência, gestão de dados para evitar vieses discriminatórios, tratamento legítimo de dados conforme as leis de proteção de dados, e a adoção de medidas de segurança da informação, desde a concepção até a operação do sistema (e sua descontinuação).

As plataformas de governança em IA são na verdade soluções tecnológicas com capacidade de criar, gerenciar e aplicar políticas para o uso responsável da IA. O interessante para os usuários é que tais plataformas tem o objetivo de explicar o sistema e seu funcionamento, na intenção de construir confiança e garantir responsabilidade. Tópicos que atualmente fazem parte de um framework ainda em evolução, mas que visam possibilitar maior gestão (da confiança), menor risco (no uso) e mais segurança (na implementação), permitindo que as empresas gerenciem o desempenho legal, ético e operacional de sistemas de IA.

A segunda tendência, aqui selecionada, diz respeito as AGentic AI (Inteligência Artificial Agêntica). O termo agêntica refere-se a sistemas de inteligência artificial que são capazes de planejar e tomar ações de forma autônoma para atingir objetivos definidos pelos usuários, oferecendo capacidades orientadas por metas e a entrega de sistemas de software mais adaptáveis e capazes da realização de uma ampla
variedade de tarefas, de maneira semelhante ao raciocínio humano. Exemplo de AGentic AI seria um agente autônomo que pode pensar, raciocinar, planejar e orquestrar tarefas complexas em um nível semelhante ao humano, podendo ajudar a economizar tempo para desenvolvedores e equipes de DevOps, permitindo estratégias de mercado mais agressivas e resultados positivos para vendedores B2B.

Novos paradigmas de computação continuam surgindo, incluindo unidades de processamento central, unidades de processamento gráfico, borda (edge), circuitos integrados de aplicação específica, neuromórfica, e paradigmas de computação quântica clássica e ótica. Dentre estes, a computação quântica. Esta se utiliza dos princípios da mecânica quântica para realizar operações em dados e, diferentemente dos computadores clássicos, que utilizam bits como unidade básica de informação, os computadores quânticos utilizam qubits. que têm a capacidade de representar simultaneamente 0 e 1, graças ao fenômeno da superposição1, isto é permite o processamento de uma quantidade enorme de informações de forma muito mais eficiente do que os computadores clássicos.

Apesar de estar em fase de pesquisa e desenvolvimento e ainda com muitos desafios técnicos a serem superados antes da ampla utilização, a computação quântica deve determinar o futuro da informação a nível global sendo uma das principais tendências tecnológicas apontadas no relatório Gartner para 2025.

Para o leitor com interesse em desvendar a tecnologia e suas tendências disponibilizamos e indicamos o link de acesso ao Relatório Gartner 2025.

Boa leitura!

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