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StartSe vai abrir universidade corporativa

Palo Alto, na Califórnia, tem papel de destaque no mundo da inovação. Sede da Universidade Stanford, foi na cidade que nasceu a primeira empresa de garagem, em 1939, quando Bill Hewlett e David Packard fundaram a HP. A cidade também foi a primeira sede do Facebook e é lar do fundo de investimento Ribbit Capital – que já investiu nas startups brasileiras Nubank, Guia Bolso e Conta Azul.

E nesse ambiente cheio de simbologia que a StartSe – criada em 2015 por exsócios da XP para atuar no ecossistema de startups – decidiu instalar sua mais nova iniciativa, a StartSe University. O espaço de 500 metros quadrados, que fica bem perto da garagem da HP e de Stanford, terá sala de aula para 100 pessoas, área para experimentação de tecnologias e laboratório de inteligência artificial montado em parceria com a Olivia, fintech criada por brasileiros no Vale do Silício. Ao todo, foram investidos R$ 5 milhões para montar a estrutura e o modelo de universidade. A inauguração está prevista para junho.

A universidade é uma evolução das viagens para o Vale do Silício que a StartSe começou a organizar em 2016. As missões, como também são chamadas, têm duração de uma semana e contam com grupos de 25 a 30 pessoas. Nos últimos três anos, duas mil pessoas participaram dos programas. Mais recentemente a empresa também passou a organizar missões para outros locais, como China (onde montou um escritório) e Israel.

De acordo com Pedro Englert, presidente da companhia, a ideia é ter programas para pessoas e empresas com abordagem bastante prática. “A Singularity University fala do futuro. A StartSe fala do presente”, diz Englert. A companhia está se tornando uma empresa de educação executiva, afirma o empresário, com foco no conceito de aprendizado continuado. “Ao invés de vender produtos, vendemos desenvolvimento pessoal”, afirma.

Segundo Englert, a Olivia está ajudando na criação de um assessor educacional baseado em inteligência artificial para vender cursos aos usuários da StartSe. Com a nova unidade, a companhia pretende expandir suas operações para além dos brasileiros, atendendo também grupos internacionais.

As missões para o Vale do Silício são a principal fonte de receita da StartSe. Em 2019, a expectativa é obter R$ 30 milhões com o segmento, pouco menos da metade da meta total de R$ 70 milhões para o ano. Os programas para a China somarão outros R$ 10 milhões. A StartSe também promove eventos voltados ao mundo do empreendedorismo e da inovação.

Em 2018, a companhia obteve receita de R$ 36 milhões. O valor ficou um pouco abaixo do plano inicial, de chegar a R$ 50 milhões. O ritmo mais lento foi resultado da decisão de preservar a rentabilidade para garantir folga de caixa capaz de financiar o investimento na StartSe University, diz Eduardo Glitz, sócio da empresa.

Da meta de R$ 70 milhões para este ano, 86% (R$ 60 milhões) estão praticamente garantidos, afirma Englert. Os R$ 10 milhões restantes vão exigir esforço adicional ao longo do ano.

Atualmente, a StartSe tem 54 funcionários – 21 deles com status de sócio sob o modelo de gestão da companhia. Até o fim do ano, a expectativa é que sejam contratadas 16 pessoas. “Os investimentos em tecnologia e na plataforma estão permitindo que a gente cresça sem aumentar a estrutura proporcionalmente”, afirma Englert.

Fonte: Valor Econômico

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